Retrato

Sebastião Freire, o melhor violeiro de todos os tempos!




João Pacífico, o poeta caipira que emocionou os poetas da cidade grande




Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, ou... Cora Coralina.




Abel e Caim: José Vieira e Sebastião Silva formaram a dupla Abel e Caim na década de 60 quando venceram um festival promovido pela TV Cultura e Rádio Tupi em 1966. O prêmio foi um contrato com a gravadora Chantecler e já no primeiro LP emplacaram seus dois maiores sucessos: “Mãe Amorosa” e “Santa Luzia”. Foram 43 anos de carreira, 20 LP´s, 3 compactos duplos e 13 CD´s. Gravaram aproximadamente 500 músicas. A dupla só encerrou a cantoria em janeiro deste ano quando Abel faleceu, aos 81 anos.



Alvarenga e Ranchinho: Eles não eram apenas uma dupla caipira (muito boa!), eram humoristas de primeira! A história de Alvarenga e Ranchinho começou em 1929. Aliás, é bom registrar, houveram três "Ranchinho". Apesar de caipiras (espia só!), a dupla gravou o primeiro compacto, em 1936, apenas com músicas de carnaval. E foi trabalhando no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro - onde ficaram 10 anos -, que aprimoraram o talento para a sátira política. Por conta disso, participaram de dezenas de campanhas eleitorais e mais de 30 filmes. Em 1978, com a Morte de Alvarenga, a cantoria terminou. Mas as letras e o bom humor da dupla vivem até hoje! =)


Rolando Boldrin: É um dos meus preferidos! Boldrin tem em seu currículo centenas de atuações em rádios, teleteatros, novelas, teatros e cinemas. Compôs músicas, gravou discos, fez shows e participou dos grandes festivais. Em 1981 lançou o programa Som Brasil, na TV Globo e de lá prá cá continua divulgando a música genuinamente brasileira. Atualmente está na TV Cultura, com o programa “Sr. Brasil”, no ar desde 2005.


Cascatinha e Inhana: Francisco dos Santos e Ana Eufrosina da Silva eram uma dupla no palco e fora dele. Casados, formaram uma das principais duplas sertanejas do Brasil. Suas mais famosas músicas foram Índia (1952) que os levou a um grande sucesso, “Meu Primeiro Amor” (também de 1952) e “Colcha de Retalhos” (1959). Foram 34 discos 78 RPM (com 68 músicas) e cerca de 30 LP’s gravados. Destaque para “Serra da Boa Esperança”, de Lamartine Babo, que tem um lindo acompanhamento de piano, orquestra e violinos. O casamento de 40 anos e a carreira da dupla teve fim com o falecimento de Inhana no dia 11 de junho de 1981. Cascatinha continuou a se apresentar sozinho em Votuporanga-SP e depois em São José do Rio Preto-SP, onde veio a falecer em 1996.
 


Craveiro e Cravinho: Sebastião Franco e João Franco eram filhos de violeiro e cantavam com o pai quando ainda eram crianças em festas nas fazendas próximas. No final da década de 40 resolveram fazer a dupla e em 1958 conseguiram um contrato na rádio Difusora de Piracicaba onde ficaram por quase 20 anos. Na década de 60 gravaram os primeiros discos 78 RPM e comandaram vários programas de na Rádio Piratininga, Nacional, Record e Bandeirantes. Em 1999, após 12 anos sem gravar, lançaram pela Allegretto o primeiro CD. Vale lembrar que Craveiro é pai dos piracicabanos Cezar e Paulinho.


Duo Glacial: Nunca entendi o porquê do nome da dupla. Mas o fato é que desde a época em que se apresentam ainda como Irmãos Cervan, Miguel Servan Vidal e Ana Servan Vidal encantam com sua voz que de “gelada” não tem nada! Em 1960 venderam mais de um milhão de discos com a belíssima música "Poeira". Nos programas de rádio, a vinheta que os anunciava dizia: "Apesar do nome frio, a voz é quente...". =) Participaram de filmes, programas de rádio e TV, gravaram dezenas de discos. Em 1974 Aninha deixou a dupla e foi substituída por Mariazinha, ex-esposa de Miguel. Em 1983 Aninha retomou a dupla com o irmão. Continuam juntos e cantando até hoje!


Inezita Barroso: Madalena Aranha de Lima é de longe minha preferida! Desde muito pequena cantava em quermesses, igrejas, festas de aniversário... Casada com um cearense, começou a viajar por todo o Nordeste brasileiro e a a cantar em rádio. Em 1954 foi para a TV Record, que estava sendo inaugurada. Fez filmes na Vera Cruz e lançou o programa "Vamos falar de Brasil". Aos poucos foi tornando-se uma cantora essencialmente brasileira. Inezita gravou 78 discos e sua música mais famosa foi "Marvada Pinga". Em 1968, ao lado de Moraes Sarmento, lançou o programa Viola minha Viola na TV Cultura. Até hoje está à frente do programa e desde 1990 faz a apresentação e a direção musical do programa "Estrela da Manhã", da Rádio Cultura AM, de São Paulo. Além das participações em festivais em todo o Brasil, ela leciona nas faculdades Unifai e Unicapital, onde recentemente recebeu o título de doutora Honoris Causa em Folclore Brasileiro.