tag:blogger.com,1999:blog-34021754.post414935060989375366..comments2022-04-02T00:02:50.760-03:00Comments on Viola Quebrada: O menino e o rioUnknownnoreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-34021754.post-54337740283662099352011-02-12T16:33:58.397-02:002011-02-12T16:33:58.397-02:00Nossa. Gostei. Comparação muito evocativa. Tudo a ...Nossa. Gostei. Comparação muito evocativa. Tudo a ver. E muito bem escrito. <br /><br />Já passei mais de uma vez por essa de descobrir o barulho de águas invisíveis por entre folhagens refrescantes na bruma e ele parecer desproporcionalmente grande. Eu tinha uma tia-avó em cujo quintal havia uma cachoeira - era a Cachoeira das Três Moças, usada para uma roda d'água para dar energia para uma fábrica de tecidos que originou a cidade de Pedro Leopoldo. A cidade cresceu em volta, a fábrica virou elétrica e a cachoeira foi parar na propriedade da minha tia. Dava para ouvir o barulho vindo do meio das folhagens úmidas. <br /><br />Mas o barulho só parece tão grande depois que a gente o descobre. Às vezes a gente sente algo assim: fica um tempão lá, crescendo sem sabermos; de repente a gente descobre - extraordinário que não fosse percebida, de tão imensa e intensa -; e então não se consegue mais conceber como era o mundo antes de ela se revelar. <br /><br />É bom que, depois que mesmo assim esquecemos, as águas sussurrem de novo em outras formas para nos trazer de volta à realidade, nem que seja por uns momentos.Roberto Belisáriohttps://www.blogger.com/profile/07050595891249187832noreply@blogger.com